Pré Embarque: Planos inexequíveis e Covid-19

Aprendi sequenciais exercícios de encorajamento pessoal e cega confiança nessa experiência avassaladora, na qual há dias permaneço, inclusive, sob um estado de incompreensão sobre as motivações incumbidas em cada uma das lições que me foram aplicadas, que impulsionaram a confecção ou aprimoramento da fé e a qualidade da espiritualidade e devoção ao divino. Ainda que inúmeras pessoas imponham descredibilização, considero os ocorridos pré embarque uma prova de que planos são ardilosas confusões mentais de externo controle, ações ficcionais que possuem validade iminente, possibilitada pela realidade das ocasiões. E é notório que minhas contribuições pessoais para com a minha própria vida (e/ou ainda aspectos derivados), sempre cercearam a busca incessante pelo planejamento e visualização de causa e reatividades com a ingovernável obsessão da verificação de próximos passos, vivenciando futuros inalcançáveis;

Exemplificando o ocorrido diria que jamais imaginaria que um dia pré embarque sairia de uma farmácia com um diagnóstico positivado para o famigerado Covid-19! Isso vivendo exatos dois anos em um período pandêmico globalmente imprevisível e sem nenhuma afirmação positiva para com o vírus nesse mesmo ínterim. Adiando em uma semana um sonho de infância e, claro, o cumprimento das promessas convictas de minha religiosidade, enxerguei em minha carne, um compilado de incredulidade, um marasmo de porquês e sucessivas indignações. E é visual que aos olhos dos expectadores nada próximos, a condição de imprevisibilidade se faria vexame de caracterização pública irreparável: de quem publicizou de construções, passos de formalização a uma quase concretização. Em cinco testagens realizadas, algumas com falsos negativos em uma maioria de positivos incontestáveis, vislumbrou-se uma semana de postergação definitiva;

E diria com convicção que já não me recordo, em minha concisa existência, de um período na qual enxergasse uma iminente condição de vulnerabilidade pública como a mencionada: sob a dependência da "espera", em obrigatoriamente e indefinição. Adiando da passagem aérea (essa não reembolsável) às capacitações que me seriam proporcionadas (liderança em exercícios de Arquerismo e Escalada), vivenciei uma semana de reconstrução de expectativas e repaginação da individual discricionalidade. Vivi memórias familiares sob o reforço da ação conjunta e apoio incondicional, coletivizando os desejos e subdividindo dores para que sobrecargas não sejam atribuições de apenas um. Nesse caminho fui conduzida (ainda que dolorosamente) à reflexão sobre a entrega integral de uma enfraquecida confiança, sem parcelas, ausente de cobranças e esperas continuadas... Fui impulsionada à confecção de um maço de inutilidade com os meus planos carnais, reverberando que de planos se bastam ficcionalidades, numa realidade flexível.


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